segunda-feira, 27 de abril de 2009

Da compreensão

Para Renata B.


Sabe eu quis mesmo acreditar que só dependia de mim. E, por muito tempo, eu tomei decisões convicta de que eu precisava dar o primeiro passo. Não é engraçado como a determinação, às vezes, pode nos deixar cegos? Me precipitei, mas talvez não soubesse disso se não tivesse arriscado.

Eu sei que andei afastada, mas foi importante para que eu pensasse melhor, ou, para que eu deixasse tanto de pensar. Sei lá! Seja como for, eu não queria mais ouvir as vozes do mundo, queria apenas escutar a minha voz, aquela que sempre implora por atenção, mas que eu vivo ignorando. E não é que me assustei quando percebi que eu tinha todas as respostas? Todas aquelas que eu sempre esperei que você me desse, todas aquelas que eu acreditei que estavam guardadas com você estavam o tempo todo ao meu alcance.

Sinto muito tê-lo feito esperar, mas eu receio que você já não possa me oferecer nada além de vagas promessas. Não se preocupe, a culpa não é sua. Nem minha. Nem de ninguém. Você fez o que pode, e eu realmente lamento que não seja o suficiente. Eu também quis acreditar que seria você o homem da minha vida.

Por muito tempo, eu pedi a Deus que me concedesse a felicidade. Supliquei por mudanças. Fiz promessas para que eu tivesse ao meu lado alguém que pudesse ser digno do meu amor. O que eu não compreendia é que se você estava sempre lá, como não seria você a escolha certa?

Até que eu percebi que minhas preces estavam sendo atendidas. Por diversas vezes, chegamos juntos a conclusão de que somos mais felizes separados. E sempre que chegavam as oportunidades, simplesmente eu esquecia do que havia pedido. Às vezes, é preferível acreditar em milagres para não ter que acreditar no livre-arbítrio.

Por favor, não interprete como se eu estivesse desistindo. Eu lutei com todas as minhas forças, fui contra a minha vontade para ser condescendente com as suas expectativas, só que o verdadeiro guerreiro sabe quando a batalha está perdida. Eu não desisti de você, apenas aceitei o fato de que não posso tê-lo.

Neste momento, eu me obrigo a fazer a sua última vontade. Sim, direi a você que o amo e não o esquecerei, apenas isso. Guarde esse sentimento e dê a alguém que não precise tanto do seu afeto. Por hora, eu ficarei bem.



PS.: Amiga, fica bem! =)

2 comentários:

  1. Amigaaaa... Mais um texto q tem TUDO a ver!!!
    Engraçado como conversar com você e ler seu blog me fazem entender muito mais sobre mim mesma!
    bejoooo

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  2. Sassá,
    Obrigada, amiga!
    Ouví-las tem sido fundamental para que eu descubra a mim mesma... Tudo que você lê são apenas as nossas vozes interpretadas por um ângulo diferente. Fico feliz que esteja fazendo bem a você.

    Beijooooo

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