terça-feira, 28 de abril de 2009

Coisas de Mulherzinha



Sério! Hoje eu vi uma Berinjela Anônima.
Juro que pensei que ela estava fazendo uma greve na Horta e, se não me engano, estava acompanhada de um Repolho. Meldels, o que colocaram na comida dessa gente? Tenho uma sugestão coco, só pode!

O pior é que eu não conseguia parar de olhar aquele ser-vegetal. Tentei obrigar meus olhos a mudarem de direção, mas eles se recusavam. Ficavam me condenando por eu querer perder a diversão gratuita.


Oi, Bom-senso?! Prazer!



Tudo bem que berinjela é a cor da estação. Acho lindo. Acho que fica bem em quase todo mundo (inclusive nos homens), mas daí sair de casa usando vestido, meia, sapato, bolsa, brincos E relógio é, realmente, um tanto quanto exagerado. Desculpa, se a intenção dela era causar horror, conseguiu. Para todos os (d)efeitos, acho que existem piores.

Já viu gorda usando babado? Que é?! Eu posso falar de gordas, já fui uma e tinha um apelido muito carinho de toucinho (sem gorduras trans, claro!). É medonho. Praticamente um bolo de casamento. Tão ruim quanto é quando elas inventam que ficam óteeemas em uma sobreposição. Hellllllooooooo?! Sobreposição só fica bem para mulheres magras!

E só para equilibrar, vamos sapecar as magrinhas (sem pornografia, hein?!). Pense em uma mulher magra, mas aquelas magras de ruim, tipo combinação pele x osso. Agora, vista-a com uma calça de justa (stretch) e uma blusa de lycra, para arrematar, sandálias altas de tiras finas. Gostou? Lógico que não! A pobre coitada só consegue parecer mais magra do que elas realmente são.

Quer andar na moda? Então, por favor, tenha bom-senso. Chique não é vestir o que está nas passarelas, é vestir o que valoriza o seu corpo. Se você é magrinha, abuse das pantalonas, das batas, dos vestidinhos curtos, oras, você pode! E, pela Minha Nossa Senhora Protetora das Modelos Convictas, não estou dizendo que você tem que sair parecendo um balonê.

Agora, se você está mais para o estilo mulher-fruta, aproveite que você é a moda. Esqueça todas as cores, acessórios e essas extravagâncias que só vão te dar mais volume. Faça as pazes com seu guarda-roupa e abuse do que você tem de melhor.

A palavra de ordem é equilíbrio. E já que estou com muito bom-humor, papel e caneta porque eu voticontá*:
  • Estampado em cima, neutro embaixo;
  • Acessórios definitivamente não precisam ser da mesma cor da sua roupa;
  • Pessoas mais cheinhas não devem usar cores berrantes (e, por favor, escondam seus umbigos, grata!);
  • E nem botas cano alto com calça stretch (3x argh!);
  • Pleaaaaaaaaaaaaase, gosta de verde, ótimo, só não exagera porque senão vai parecer um abacate (e isso serve para todas as outras cores);
  • Bolsas grandes não ficam bem em pessoas baixinhas;
  • Pernas grossas não ficam bem com saias muito curtas;
  • Mule é cafona;
  • Calça capri já saiu de moda;
  • O xadrez há de sair algum dia (mera opinião).


Do mais, para arrasar, mantenha-se informada, leia um bom livro e coloque em dia o seu acervo cultural. Não se esqueça de que nada adianta ter a cereja do bolo se o recheio estiver estragado.


Sucesso! =)


*Dicas extraídas da Revista Cláudia.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Da compreensão

Para Renata B.


Sabe eu quis mesmo acreditar que só dependia de mim. E, por muito tempo, eu tomei decisões convicta de que eu precisava dar o primeiro passo. Não é engraçado como a determinação, às vezes, pode nos deixar cegos? Me precipitei, mas talvez não soubesse disso se não tivesse arriscado.

Eu sei que andei afastada, mas foi importante para que eu pensasse melhor, ou, para que eu deixasse tanto de pensar. Sei lá! Seja como for, eu não queria mais ouvir as vozes do mundo, queria apenas escutar a minha voz, aquela que sempre implora por atenção, mas que eu vivo ignorando. E não é que me assustei quando percebi que eu tinha todas as respostas? Todas aquelas que eu sempre esperei que você me desse, todas aquelas que eu acreditei que estavam guardadas com você estavam o tempo todo ao meu alcance.

Sinto muito tê-lo feito esperar, mas eu receio que você já não possa me oferecer nada além de vagas promessas. Não se preocupe, a culpa não é sua. Nem minha. Nem de ninguém. Você fez o que pode, e eu realmente lamento que não seja o suficiente. Eu também quis acreditar que seria você o homem da minha vida.

Por muito tempo, eu pedi a Deus que me concedesse a felicidade. Supliquei por mudanças. Fiz promessas para que eu tivesse ao meu lado alguém que pudesse ser digno do meu amor. O que eu não compreendia é que se você estava sempre lá, como não seria você a escolha certa?

Até que eu percebi que minhas preces estavam sendo atendidas. Por diversas vezes, chegamos juntos a conclusão de que somos mais felizes separados. E sempre que chegavam as oportunidades, simplesmente eu esquecia do que havia pedido. Às vezes, é preferível acreditar em milagres para não ter que acreditar no livre-arbítrio.

Por favor, não interprete como se eu estivesse desistindo. Eu lutei com todas as minhas forças, fui contra a minha vontade para ser condescendente com as suas expectativas, só que o verdadeiro guerreiro sabe quando a batalha está perdida. Eu não desisti de você, apenas aceitei o fato de que não posso tê-lo.

Neste momento, eu me obrigo a fazer a sua última vontade. Sim, direi a você que o amo e não o esquecerei, apenas isso. Guarde esse sentimento e dê a alguém que não precise tanto do seu afeto. Por hora, eu ficarei bem.



PS.: Amiga, fica bem! =)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Quer romance?!


Eu estava de olhos fechados, então, não pude ver na mão de quem o burro do meu cupido deixou meu pobre coraçãozinho. Agora, estou eu, aqui, tentando interpretar olhares, frases, sorrisos, (beijos?!) para adivinhar quem será o felizardo que me devolverá a sensação de estar apaixonada.

Lembra daquela brincadeira “Passe o Anel”? Pois é dessa forma que vejo a minha vida. Desculpa, mas se não lembra, provavelmente você não teve infância...wherever... Pensei nisso ontem enquanto lia um texto do Arnaldo Jabor (ou assinado com o nome dele, e vai saber...) que recebi . Juro que me senti reconfortada ao perceber que não era a única que tinha reparado a incoerência das pessoas ao dizerem que amam suas vidas de solteiro, mas basta raiar o dia para se lamentarem a falta de “alguém para amar”.

Ora, solteiro, namorando, casado, divorciado, viúvo, enfim, é apenas uma condição civil. No fundo, o que todo mundo quer é alguém para cuidar e ser cuidado, para multiplicar as alegrias e dividir as tristezas, ter companhia para os programas em família, se esquentar em um abraço, roçar os pés debaixo das cobertas, ser lembrado em uma música... E, sinceramente, isso nada tem haver com os beijos furtivos distribuídos a noite, entre um e outro copo de vodka com energético.

“Vida de Solteiro” é apenas uma fase que deveríamos aproveitar para nos conhecer, nos descobrir, amadurecer, o tempo para cicatrizar as feridas e, por fim, voltar ao mundo com o espírito livre e preparado, mais uma vez, para receber as Graças do Universo. Amém! No entanto, o que fazemos é cultivar a ferida, mantendo-a aberta, intacta, para sempre nos lembrarmos do quanto alguém pode nos ferir. Muito espertos, palmas!

Para que se enganar? Realmente, você acha que mentindo para você mesmo está se poupando das decepções? Ehrrr, não!

Quando você faz isso, apenas está se escondendo do mundo, fechando as portas para pessoas que poderiam estar fazendo uma grande diferença no seu dia-a-dia. Isso não quer dizer que você vá abandonar todos os seus amigos, parar de fazer coisas que você adora, viver sufocado em uma relação... Pelo Amor de Deus, você não aprendeu nada com seu último relacionamento? Bom, se você é incapaz de aprender com seus próprios erros, então, merece mesmo viver uma vida vazia, ocupada essencialmente pelo álcool e as noites de insônia. Desculpa, mas alguém teria que te dizer isso!

Entenda que quando você está satisfeito com a vida que leva, isso é transparente em todas as suas ações. Invariavelmente, você não vai chamar o carinha que você conheceu na noite passada de palhaço só porque ele te deu uma cantada ridícula, ou porque passou a semana inteira sem ele ter dado um telefonema. Invariavelmente, você não vai achar que a mulher é um grude só porque ela disse que sente sua falta, ou não vai se achar o máximo só porque ela mandou um torpedo. Se você está satisfeito com a sua vida, entenderá que ela possui fases e, felizmente, você não tem o controle delas.

Aprenda que não existe uma hora marcada para se apaixonar. Simplesmente, acontece daquela pessoa atravessar a sua vida e cabe a você se dar uma oportunidade. Como, também, cabe a você respeitar o momento da outra pessoa, sem julgá-la. Dê a sua vida uma nova perspectiva apenas tirando o seu olhar da rotina. Se é a liberdade que você quer, então, está na hora de abandonar o medo, afinal, tudo que ele impõe são limites.

Bom fim de semana! =)


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Os beijos que eu nunca beijei

Homenagem ao Dia do Beijo (13/04), oficialmente comemorado nos fins de semana!


"Seja eu, Seja eu,
Deixa que eu seja eu...
Então, deita e aceita eu...
Beija eu,
Beija eu,
Beija eu, me beija...
E deixa o que seja ser...
Deixa...
Eu me deixo...
Anoiteça e Amanheça..."


De tudo que tenho querido, você é a única coisa que eu não gostaria de querer.
Querer você torna mais distante a possibilidade de tê-lo.
Querer você torna mais angustiante a espera pela sua chegada.

Se toda vez que eu o sentisse tão perto fosse um presságio da minha intuição, então, eu já não seria mais sufocada pela saudade. Às vezes, o meu desejo é tão forte que quase posso tocá-lo. Sou capaz de ouvir a sua voz, dizendo: Acorde! Isso é apenas um sonho... Então, relutante, volto a realidade.


Difícil não é conviver com a expectativa, difícil é viver com a falta dela. Se ao menos você não tivesse acabado com as todas minhas ilusões... Com o último pedaço de esperança. Ah, o chocolate amargo que adoçava a minha vida!
Difícil não é reparar que a vida continua, difícil é querer continuá-la mesmo com a sua ausência. É pior quando nos damos conta que, então, você fará um outro alguém feliz.

Todas as manhãs, eu acordo com o seu sorriso. Nos meus sonhos, você me beija com tamanha gentileza e antes mesmo de abrir os olhos, eu o vejo sorrindo para mim. É para você o meu primeiro pensamento, é tentando adivinhar o sabor dos seus lábios que dedico os primeiros minutos do meu dia... Serão eles tão doce quanto o seu olhar? Ou terão o fogo do desejo? Ao menos, se um beijo fosse capaz de acabar o encanto...

De tudo que tenho pedido, é a sua atenção que mais me distrai.
De tudo que tenho pedido, é a sua presença que mais me incomoda porque pela metade já não serve.
De tudo que tenho pedido, é o seu beijo o mais querido de todos os meus pedidos...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tudo que eu não quero dizer

Eu queria achar as palavras certas para te convencer. Talvez, achando-as, eu me convenceria.

Não estou mais disposta a fingir que você não mexe comigo. Cansei de esconder as minhas mãos trêmulas ao menor sinal da sua presença.

Seria tão patético, assim, querer o seu sorriso iluminando as minhas noites? Ah, quem poderia me condenar por querer a liberdade de um coração aprisionado? Se, ao menos, eu pudesse encontrar essa paz que sinto ao seu lado em outros lençóis...

Não entendo porque temos sempre que complicar tudo. Se os corpos se desejam, qual a razão de resistir à paixão? Não quero você 24 horas por dia, quero, sim, você por completo apenas algumas horas da semana.

Quero você sem a impaciência do que fazer no momento seguinte, sem frases feitas e gestos articulados. Quero você com a espontaneidade do seu jeito desengonçado, o olhar encabulado...

Quero as divergências de uma opinião confusa, quero as bobeiras de uma conversa à toa, quero as palavras ditas nas entrelinhas e elogios despreparados... Se ao menos você soubesse que o que eu quero é tão simples...

Eu não espero nada de você. Entenda: quero o inesperado, o surpreendente! Quero que você venha, me pegue e me leve para onde você bem entender, sem esperar minha aprovação, sem pedir meu consentimento...

Não se preocupe, eu não vou resistir. Não vou questionar... E se eu fingir estar emburrada, me desarme com o seu charme, com palavras sem-sentido que irão me arrancar um sorriso.

Por favor, me invada! Se faça presente mesmo na ausência... Não me deixe pensar, respirar. Por favor, experimente! Eu também tenho medo, receio, mas eu quero (e posso) perder o juízo com você.

Eu só queria me convencer de que existem outros. Outros que poderiam me fazer ainda mais feliz, ainda mais completa. Quem sabe, se eu me convencer a encontrá-los, eu deixe de te querer tanto e, finalmente, consiga ver sua alegria ao me olhar, vê-lo solto pra fazer e dizer o que bem entender.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Melhor não ser amada do que ser mal-amada

Eram umas 5h da manhã quando eu acordei ouvindo alguns gritos. Uma mulher chorava compulsivamente enquanto gritava: “Eu não vou embora! Eu não vou embora!”.

A princípio consegui conter a curiosidade, mas 20 minutos depois a gritaria continuava e eu resolvi ver o que estava acontecendo: um casal estava brigando. Ele tentava tirá-la do carro, e quanto mais ele forçava, mais ela gritava.

Lembro de ter ficado horrorizada, não pelo escândalo, afinal, eu não tinha a menor ideia do que estava acontecendo, mas por conhecer intimamente aquela cena. Ele tentava acalmá-la dizendo que tudo iria ficar bem, que ela não precisava se preocupar e, logo, eles ligariam para a mãe dela. Ela, por sua vez, gritava ainda mais alto que não o queria mais. E foi nesse instante que eu a entendi.

Ela já tinha ciência de que não existia mais relação. Não havia amor, respeito ou qualquer outro tipo de afeto, no entanto, existia uma força maior dentro dela que a impedia de desistir, mesmo que ela quisesse. É como se ela pudesse “punir” o homem por tê-la feito abdicar do que era importante para ela, – amigos, costumes, comportamento, carreira - , mantendo o relacionamento.

Invariavelmente, a mulher é educada para casar e ter filhos. Ela pode ter uma carreira, ser bem-sucedida e independente, porém, a sociedade cobra uma família. Todas as vezes que ouvimos que “a mulher edifica a sua casa”, “a mulher segue o marido”, “a harmonia da casa é responsabilidade da mulher”, estão nos dizendo que o sucesso da relação é responsabilidade da mulher, e inconscientemente essas afirmações se tornam verdades e nos sentimos frustradas quando o relacionamento termina. A sensação é de que falhamos enquanto mulheres.

E já dizia o ditado “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. Por isso, uma doce senhora sentiu-se comovida com a situação e resolver ajudar chamando a polícia. O rapaz ficou tão irritado que com um golpe brusco tentou tirar a ex-namorada a força do carro. Obviamente, ela resistiu. Na tentativa de afastá-lo, ela deu um tapa na cara dele e ele a encheu de porrada.


Ela sabe como mostrar ao marido quem é que manda...


Do alto da minha janela, eu só rezava para a polícia chegar logo. Os gritos de “eu não vou embora” foram substituídos por “Para! Para!”. Ela já perdia a voz quando ele entrou no carro e arrancou. E eu não preciso ser nenhuma vidente para saber que eles devem continuar juntos e infelizes.

Ela já não deve mais sorrir, e deve ter vergonha do espelho. Ele deve acreditar que foi um ato isolado causado pela irritação que ELA o fez passar, provavelmente, isso não se repetirá. Eu não moro na periferia. E eles não são baixa renda.

Por mais absurdo que seja, isso é mais comum do que se imagina. A violência é fruto de uma geração que “aprendeu a não levar desaforo para casa”. Acreditamos que não estamos sendo vítimas de agressores quando somos empurradas em uma discussão. Somos xingadas e não percebemos o impacto que essa violência causa à nossa integridade física e mental. Tudo porque estamos acostumados com a banalidade da violência.

Fico enjoada quando ouço algum desgraçado dizendo que mulher gosta de apanhar. Realmente, as mulheres que “apanham” - fisicamente ou verbalmente -, são tão destruídas moralmente que perdem o amor-próprio, se condenam por terem perdido o controle da situação e, verdadeiramente, se recusam a acreditar que estão sendo violentadas. Para elas, sempre é um ato isolado. Sempre é uma reação à bebida. Ela é sempre CULPADA por tê-lo irritado. E nem adianta tentar nos avisar: não estamos cegas de paixão, estamos doentes.

Briguinhas bobas que culminam em ofensas e terminam na cama, aparentemente, temperam a relação. APARENTEMENTE. Preste atenção ao conteúdo dessas ofensas, eu mesma levei alguns anos para entender que “você é a pior coisa que já me aconteceu”, “larga de ser burra”, “você é um demônio dos infernos”, “aonde eu estava com a cabeça quando pensei em me casar com você?”, “some da minha vida” (...) eram pequenas doses de veneno.

Então, se você se identifica com qualquer situação semelhante, procure ajuda. Pode ser um amigo, um familiar, um psicólogo, um desconhecido. Não deixe um relacionamento acabar em ressentimentos, mágoas... raiva. Compreenda que se chegou a esse ponto, ambos precisam de ajuda para se recomporem, resgatarem o amor-próprio e, principalmente, redescobrir que a felicidade não se encontra no outro, mas em si mesmo. O importante é você estar ciente que o amor desperta o melhor que existe em você, e não o contrário.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A arte do desencontro

Algum homem já olhou para você e não se apaixonou?

Claro! Eu só poderia ouvir isso de um amigo. Imagine se um homem em plena consciência me daria a audácia de ter um 1% de segurança?! Em todo caso, foram com essas palavras que eu tive o prazer de reencontrar Pai Sotero.

Pai Sotero, homem charmoso que só, bem-sucedido, atencioso, engraçado, inteligente, simpático, educado, o genro que toda mãe sonha para sua filha, me confidencia que ao alto dos seus trinta e poucos anos está cansado de tanta liberdade. O que ele queria mesmo era encontrar alguém para continuar o ciclo da vida. Entenda: namorar, casar e ter filhos. Rá!

Confesso que eu nunca fui uma dessas mulheres radicais e incrédulas que acreditam que homens não gostam de relacionamentos e preferem a cruz a terem que se casar. Em todo caso, fiquei imaginando a razão de um homem com tantos prós estar lamentando a falta de uma candidata. E a fila de pretendes, aonde ele havia escondido?

Bem ao lado dele, um outro amigo acompanhava a conversa. Comandante é um rapaz apessoado, bem-sucedido, atencioso, romântico com R maiúsculo, inteligente, engraçadíssimo, simpático, tem lá suas crises machistas, mas quem é que precisa de alguém tão perfeito, certo?! Bom, Comandante estava indignado com o pouco valor que as mulheres davam a ele. Nas suas palavras, elas não reconhecem um homem dedicado e, por esse motivo, os esnobam.

Sinceramente, eu estava diante de dois homens que cabem no sonho de, pelo menos, 80% das minhas amigas solteiras, desiludidos com a atual situação de suas vidas amorosas. Me amarrota porque eu estou passada!

E defensora que sou da classe, comecei a discorrer um articulado argumento sobre a falta de atitude dos homens e do trauma que eles causam por suas viadagens galinhagens indecisões, quando Pai Sotero me pergunta: “Nanynha, fale com sinceridade, o número de homens que dispensam você é maior que o número de homens que você dispensa?”

“Nunca tinha pensado nisso. Creio que seja equivalente.”

“Pois, então, eu diria que a ocorrência de traumas sofridas por vocês, mulheres, é proporcional ao trauma que nós, homens, sofremos. Com uma única diferença que nós lidamos de formas diferentes sob uma rejeição.”

5 minutos de silêncio, por favor.

É fato conhecido por todos que existe um ciclo em que “João gosta de Maria que gosta de Pedro que gosta de Ana que gosta de Romualdo que gosta de Creuza...”, mas porque a insistência de que só as mulheres são prejudicadas emocionalmente?




Tem mulher que é capaz de fazer qualquer coisa para segurar um homem...


Cornélio, é outro dos meus melhores amigos. Sabe, Deus foi muito generoso comigo e me deu de presente amigos que são os melhores partidos do universo. Arrasou, Jesus! Moço de boa índole, que reúne todas as característica que fazem um homem com H maiúsculo. Teve a infelicidade de ter 4 namoradas e 4 pares de chifres, e ninguém entende por que Cornélio não tem paciência de cultivar uma relação?!

É verdade que não existe uma fórmula certa para achar um parceiro que complete as suas expectativas. Tanto quanto é verdade que você definitivamente irá se decepcionar quando se apaixonar por alguém antes de terem um relacionamento. E inclua a essas conclusões o fato de que você não encontrará ninguém que valha o salto do seu scarpin enquanto você estiver procurando. Mas, você pode dar uma ajudinha ao destino olhando para o sexo oposto como ser humano, com todos os defeitos e qualidades que compõe uma pessoa. Invariavelmente, alguém partirá o seu coração, mas não acredite que todos no mundo estão conspirados para que isso aconteça. Por favor, se olhe no espelho: você não é o centro do universo!

E quer saber mais, quando você esbarrar com alguém que seja capaz de paralisar a sua face, depois que você tiver certeza de que isso não foi um princípio de AVC, não vá para cima do cidadão como se ele tivesse a última chave das portas da felicidade. E eu não estou dizendo só porque foi exatamente o que eu fiz nas últimas 2 vezes que isso me aconteceu, mas porque se ele não conseguir sair correndo, gritando “Cuidado, salvem suas vidas! Louca desvairada à solta!”, provavelmente ele vai ser gentil e vai partir o seu coração com medo que você possa partir o dele.

Se eu fosse boa em conselhos, diria: Vá cuidar da sua vida que ela se encarrega de cuidar de você!


 
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