terça-feira, 18 de agosto de 2009

A síndrome do 1/4 de vida


Outro dia, conversando com uma amiga, ela me disse que eu estava enfrentando a crise dos 25. Na hora eu ri, mas dias depois ela me encaminhou esse texto que achei fantástico. Infelizmente, não tinha o nome do autor, então, se alguém souber, só mandar que eu assino.

"Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a), etc.

E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são 'tão divertidas'… E às vezes até lhe incomodam. Você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.

Mas, começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu, e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.

Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pode lhe fazer tanto mal. Ou, a noite você se lembre e se pergunte porquê não pode conhecer alguém o suficientemente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos, alguns até começam a se casar. Talvez você também, realmente ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado(a) para se comprometer pelo resto da vida.

Os encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.

Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso(a). Você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida. E por mais que ganhar a carreira seja grandioso, você não queria estar competindo nela.

O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos 'vinte e tantos' e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça… Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…

Então, amanhã teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!

FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO… QUE ELE NÃO PASSE!*
A vida não se mede pelas vezes que você respira, mas sim por aqueles momentos que lhe deixam sem fôlego…*

Talvez, ajude a alguém a se dar conta de que não está sozinho em meio a tanta confusão…"



terça-feira, 4 de agosto de 2009

Solteira, sim?!


Eu sempre costumo dizer que difícil não é ficar sozinha (o). Difícil mesmo é namorar.

Ficar sozinha (o) é simples: você vai aonde quer, chega quando quer, bebe o que quer, come quando tem vontade, beija quem quiser, dar para quantos merecer e vai seguindo, fim de semana após fim de semana, sem ter a preocupação de dar satisfação da sua vida. Porque nesse estágio você ainda pode chamar sua vida de sua.

Agora, arrume um namorado (a) e prepare-se para as concessões. É claro que existem inúmeros pontos positivos em um relacionamento. Mas, a verdade é que abdicar das suas preferências, fazer a vontade do outro, suportar as investidas alheias, aturar as discussões tolas que invariavelmente se tornam homéricas, e todas aqueles rituais de um relacionamento é um tanto quanto sacrificante.

Por favor, entenda: não estou dizendo que é melhor ficar solteira. Estou dizendo que é mais simples. E é por ser tão fácil que a solidão vicia. Pessoas que ficam solteiras por muito tempo perdem o interesse ou paciência de encontrar alguém. E quando encontram, estão tão confortáveis às suas regras que simplesmente não conseguem abrir espaço e permitir que outra pessoa compartilhe da sua companhia.

A solidão só incomoda no início. Depois que se aprende a conviver consigo mesmo, ela se torna tão conveniente que você começa a ter medo de se apaixonar.

Esses dias uma amiga terminou um namoro de pouco mais de um ano. Como se não bastasse o sofrimento que ela estava passando por ter que enxergar o fim prematuro do seu “felizes para sempre”, ela teve que engolir a reviravolta do cidadão que em menos de um mês já estava conhecendo outras pessoas, digamos, mais profundamente. Eu nunca estive mais feliz na minha vida do que naquele momento. Por favor, eu não estava me deliciando com a desgraça alheia, longe disso! Eu estava com tanta pena dela que mal conseguia esconder a minha satisfação em não ter que passar por isso, de novo.

Ficar sozinho não é só bom, é necessário. É um tempo exclusivamente seu, para ser destinado ao seu autoconhecimento. Quando você está sozinho pode avaliar melhor o que acha certo e errado, ou que admira e o que critica, o que te faz bem e o que te faz mal, o que você precisa ou não para ser feliz. E, me desculpe a prepotência, mas não existe a menor possibilidade de descobrir isso engatando um namoro em outro.

Eu não acredito que as pessoas possam fazer outras pessoas felizes. Acredito que quando estamos felizes, somos capazes de dividir a nossa alegria com outras pessoas, e essa reciprocidade faz parecer que é a outra pessoa que está nos causando o sentimento. Quando você começa a perceber que é capaz de ser feliz sozinho, fica imaginando um motivo maior para escolher entrar em um relacionamento. É nesse momento que escolher a solidão parece ser a opção mais viável. Parece. Não se engane: carinho e afeto são imprescindíveis a natureza humana tanto quanto comer, beber e respirar.

É impossível passar uma vida inteira sem ter tido pelo menos uma decepção amorosa. Permita-se ter o tempo necessário para se refazer, se perdoar e se livrar dos ressentimentos. Passado, seja forte o suficiente para encarar uma nova paixão. Com o tempo a gente aprende, principalmente, que não é preciso um rótulo para se viver uma história. E que estar solteiro é só um termo que não invalida as suas perspectivas, esperanças, sonhos ou promessas de amor.


 
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