quarta-feira, 3 de junho de 2009

Respeitável Público

Sabe o que eu acho péssimo? Quando os homens tentam nos convencer que somos loucas.

Você está no meio de uma discussão ocupada em explorar todos os argumentos cabíveis, desenterrando todas aos acusações que a memória é capaz de oferecer no momento, e o cidadão de repente solta um “Você é louca!”.

Coooomo assim????

Isso, sim, é um espetáculo que merece ser assistido...

Que mulher é meio confusa e vive fantasiando situações, eu não nego. Mas, nos acusar de insanidade mental para não ter que justificar a cara de pau é muita baixaria.

Esses dias, aconteceu uma situação muito bizarra. Tinha um Churupita que achou a minha cara de pudim e resolveu me cozinhar em banho-maria por, nada menos, que 5 meses. Sim, eu tenho paciência. Até que um dia, eu resolvi apostar alto e mostrar ao projeto de homem que é preciso honrar as calças que veste:

-  Vai fazer o que hoje?
-  Vou sair com minhas amigas.
-  Poxa, pensei em te levar para comer num japa, talvez.
-  Ótimo! Convite aceito. Saio com minhas amigas outro dia.
-  Hein?
-  O quê?
-  Você bebeu?
...
-  Você não iria sair com suas amigas?
-  Ué, mas tem 5 meses que você diz que quer sair comigo e eu sempre tenho planos. Hoje, o plano é aceitar o seu convite.
-  5 meses? Agora, você tá tentando me convencer de coisas que eu nem me lembro.
-  Você não se lembra que tem 5 meses que você me faz essa pergunta todas as sextas-feiras?
-  Agora, você está exagerando só para tornar mais verídico o que você tá falando, né?
-  Você está insinuando que eu estou inventando isso para quê?
-  ...
-  A gente tá discutindo?
-  Eu não, você que é louca!

1,2,3,4,5,6... Aaaaaaiiiimmmm!

-  Olha , aqui, se você não tem um pau digno de ser apresentado, ok! Eu até perdoo porque disso você não tem culpa, mas não justifica montar um circo só porque eu aceitei um convite que você me faz há 5 meses. E, por favor, na próxima vez que você resolver fingir que é macho use uma dessas desculpas esfarrapadas. Assim, pelo menos, você garante a fama de canalha. É bem melhor do que a de broxa!

Desculpa, quebrei o salto. Mas, sinceramente, eu mereço. É claro que eu preciso de alguma coisa para me irritar e causar algumas rugas. Não posso ser essa pessoa satisfeita o tempo inteiro, feliz com a família sempre presente, com os grandes (e melhores) amigos, exercendo a profissão que ama, morando no lugar que escolheu, independente, comendo e dormindo a hora que dá vontade e ainda tendo a audácia de usar uma bolsa Prada. Tá, eu não uso uma bolsa Prada. Não original.

Obviamente, minha vida sentimental tinha que ser uma comédia, aliás, uma comédia pastelão. Se não fosse assim, qual seria o drama em achar graça nas loucuras do dia-a-dia?


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