quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Em nome do amor?!

Dia desses, lendo as notícias, eu fiquei estarrecida com duas notícias intituladas, indevidamente, como “Prova de Amor”, como se fosse possível provar o amor de alguém. Talvez por isso chamam essas provas de loucuras, afinal, só sendo insano para cometer barbaridades em nome do amor.

No primeiro caso, uma mulher de 39 anos fugiu com um homem que tinha acabado de conhecer, literalmente, para viver sua grande história de amor. Além dessa jovem senhora ter deixado a família desesperada por 5 dias devido ao seu sumiço, ela teve a disparidade de dizer que para viver ao lado do “homem da sua vida” valia qualquer coisa.

O “homem da vida” dessa mulher era um assassino com quem ela havia flertado por alguns minutos na estação de metrô. 7 dias depois de terem trocado o primeiro beijo, ela concluiu que ele era mais importante do que sua filha, família, emprego, casa e carro. Abandonou tudo por alguém que disse o que ela queria ouvir.

Sinceramente, eu acho possível se apaixonar em um primeiro olhar, mas acreditar em “amor bandido”? Será que ela pensou que poderia ser personagem de uma das novelas de Manuel Carlos? Será que ela andava tão carente a ponto de confiar sua vida a um estranho? Será que o amor exige esse tipo de risco?

O segundo caso me deixou ainda mais perplexa. Uma mulher traída pelo seu marido impôs como condição do seu perdão a morte da amante. E foi assim que uma moça de 24 anos perdeu a vida. Não estou defendendo a traição, nem me interessa as razões que os levaram a manter um relacionamento, não estou aqui para julgá-los, mas a morte não é uma pena severa demais para uma pessoa que cometeu o erro de se envolver com um homem casado?

E por que ela teve que morrer quando era ele quem tinha um compromisso? Oras, eu já fui traída e sei que no fundo queremos culpar a outra (detesto essa conotação) pela traição do nosso parceiro, mas, francamente, se ele realmente amasse sua mulher teria dito: “sinto muito, mas eu amo minha esposa e não vou magoá-la”.

Tenho medo quando penso do que as pessoas são capazes, principalmente, quando dizem que é “por amor”. O amor não mata, não condena, não machuca. Pelo contrário, o amor perdoa, protege, cuida. Amor é incondicional, não vem atrelado a provas. O amor é doação e não submissão. É estima e não covardia.

Para ser amado, você primeiro precisa se amar. Se olhar no espelho e enxergar o quanto você é única(o) e especial, e se quem está ao seu lado não é capaz de reconhecer isso, então, você também não deveria amá-lo. O amor não vem do outro, está dentro de nós, é por isso que somos capazes de amar qualquer pessoa, a qualquer momento, desde que você se permita a isso.

Como dizia o poeta, "você não pode exigir o amor de ninguém, apenas pode dar boas razões para que o amem. Só porque alguém não te ame como você gostaria não significa que não te ame com tudo que pode", então, não exija provas e não acredite quando alguém diz que pode dá-las a você. O princípio do amor é a confiança, se você já perdeu, não pode perder mais nada.


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