terça-feira, 1 de setembro de 2009

Felicidade, pode entrar!


Quem foi que disse que só é possível ser feliz quando existe alguém proporcionando isso a você? Sinceramente, eu penso o contrário: quando estamos felizes, dispomos mais da pessoa que somos e, portanto, atraímos pessoas que complementam essa alegria. Em síntese, a felicidade está em nós, mas isso fica mais perceptível quando temos ao lado alguém para exteriorizar.

Eu sei, meio filosófico. Mas eu quis explicar isso porque ultimamente tenho ouvido coisas como: “Quem está provocando esse sorriso, hein?!”; “Nossa, como seus olhos brilham! Tempo que não a vejo assim...”; “Nanynha, aonde você achou essa felicidade toda que eu também vou dar uma passadinha lá!”. Desculpe desapontar, mas esses sorrisos que eu ando distribuindo é mérito todinho meu.



Demorei 25 anos para aprender que é um desperdício mandar embora as oportunidades que batem à minha porta, só porque eu não tenho garantias de que elas ainda estarão lá amanhã. Sempre querendo pisar em terreno firme, preferia viver na retaguarda porquê, sabe se lá quantas lágrimas poderiam me custar se eu ousasse arriscar uma aventura qualquer.

Sempre aconselhei às pessoas viverem o presente, curtir ao máximo tudo de melhor que o momento pudesse oferecer. O problema é que eu nunca confiei na felicidade momentânea. Se não fosse permanente, então, não merecia ser apreciado. E não adiantava tentar argumentar comigo, eu preferia ter minha paz de espírito à ver minha vida desordenada por causa de uma atitude impensada.

Até que exatamente 2 dias antes de completar mais um ano de vida, comecei a revirar umas fotos antigas e fiquei surpresa ao perceber que, em todas elas, meu sorriso era inigualável. Na maioria das fotos, eu ria com tanta vontade que era quase impossível ver os meus olhos porque quando não estavam fechados, estavam inundados... Eu ria de chorar!

Foi quando me dei conta que desde aquelas fotos muita coisa havia mudado: minha vida estava passando muito mais rápido do que eu gostaria. E, simplesmente, ela não esperava por certezas. As dúvidas eram o que eu tinha de mais concreto. Então, duas opções me restavam: assistir minha juventude se despedir de mim ou desfrutar de tudo que ela poderia oferecer. Não dava mais para esperar apenas pelos dias de sol, seria preciso também contemplar a chuva.

Não tem sido fácil adotar essa nova filosofia, mas tem sido notável as diferenças. E se tudo der certo, com certeza vai dar merda! Mas, como diria Lulu Santos:

... A alegria que me dá isso vai sem eu dizer.
E se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer.
O que eu ganho e o que eu perco, ninguém precisa saber”.

O máximo que eu posso fazer é estar consciente de que para mergulhar em um mar de rosas será inevitável me ferir em alguns espinhos, mas essa é a única forma de não passar anonimamente pela vida.


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