sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

E quando tudo muda!

Ultimamente, tenho sentido falta da estrada. E do vento que balança os meus cabelos.
Tenho sentido falta da expectativa, das pessoas que encontro, das marcas que deixo e das que levo.

E se nada mais fizesse sentido além da vontade de sair estrada a fora? Se essa força que me move, que impulsiona quisesse realmente me levar para um lugar onde eu pudesse, finalmente, descansar... Um lugar para encontrar o sorriso e o abraço terno, a luz de uns olhos que tudo acalma.

Não me sinto presa. Me sinto forte. Confiante. Obstinada! É uma natureza estranha que parece destoar de tudo que um dia eu quis, ou adaptada ao mundo que encontrei. Veja bem, adaptada... É como se houvesse mais prazer no possível desencontro, apesar do gosto pela proximidade. É como se a impaciência, tão característica, estivesse dando lugar à maturidade, simplesmente exercitando o desapêgo enquanto não chega a hora certa.

Aprendi a ser malabarista dos meus próprios desejos. Doce é a impulsividade que me leva buscar os meus sonhos, pois foi com ela que aprendi a errar. Orgulho-me dos erros que cometi porque me tornaram uma pessoa melhor. Não me queixo das dores, da bagunça, do medo... Eu tenho meus medos, tento conservá-los, afinal, são fundamentais para que eu mantenha o otimismo.

E todas essas viagens me colocaram frente à frente com meu eu. Desenvolvi a minha intuição, agora uso-a sempre. Coleciono histórias, piadas, micos, gargalhadas, lágrimas, inquietações, borboletas, dores, arranhões, músicas, danças, beijos... chaves que jamais serão utilizadas. Coleciono dias incomparáveis!

Se me contassem que algum dia eu viraria uma esquina que mudaria todas as rotas, talvez eu me recusasse a atravessá-la. O mais engraçado é que, de alguma forma, eu vinha prolongando o caminho, evitando alcançá-lo... Tolinha! Agora, letras que embalaram cada quilômetro são apenas trechos que ficaram na pele. Não se foge do destino... Não há como se perder do que é verdadeiro, e para ser sincera, como fui boba ao fugir do que me faz tão bem.

Ah! E se um dia eu sonhei com sol, o mar e o bronzeado que me faria lembrar dos momentos que vivi... E se um dia eu sonhei com as montanhas, o frio e um gosto que me faria sentir saudade, a vontade... Então, penso que talvez tenha encontrado um porto-seguro.

O que eu posso dizer... “Você é muito bem-vindo”! =)

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