domingo, 21 de outubro de 2012

A realidade de uma expectativa







Um dia você chega cansada demais do trabalho e cancela o happy hour. Ou, você recebe um convite inesperado e muda completamente os planos. Um dia, você está ocupado e não retorna a ligação. Você deixa o chopp para o final de semana e viaja. Um dia, você percebe que vida tomou outro rumo.

Engraçado como a gente fica esperando que coisas extraordinárias aconteçam. Ficamos confabulando histórias, medindo ações e fantasiando diálogos para ter a certeza de que se irá fazer a coisa certa no momento certo. Momento que talvez esteja ansioso para aparecer na sua vida, numa quarta-feira qualquer só para ter certeza que você irá ignorar completamente porque está cansada demais da academia.

As melhores coisas da vida não são planejadas. A festa que você nem estava querendo ir pode se tornar uma noite inesquecível ou aquela pessoa que você nunca havia notado pode, de repente, não sair da sua cabeça. 

As pessoas tentam não acreditar em destino. Seria tudo fácil demais se simplesmente tudo acontecesse na hora certa, sem qualquer esforço. Mas acreditar em coincidência seria conspirar contra o universo, descartando seu poder cósmico de influenciar a vida das pessoas. Meros mortais.

Vejo a surpresa das pessoas ao abrirem o facebook, ver uma atualização e pensar: “Como? Quando isso aconteceu? Eu estava lá, não estava?”. De repente, se sentem inúteis repassando cada evento ocasional e percebem todas as vezes que, teoricamente, estavam no lugar errado. Ou esse seria o destino agindo para que elas seguissem o caminho certo?

Houve uma vez, num sábado à noite, quando todos tinham planos, eu estava sozinha. Recebi duas ligações e recusei. E numa terceira, um comentário me pareceu intrigante: “Você está em casa, o que tem a perder?”. Eu saí pra uma noite que mudaria totalmente a minha vida nos próximos anos.

Um tempo depois, quando um amigo perguntou: “Vem cá, de onde você surgiu?”, eu tive a certeza de que eu havia sido um acaso, um imprevisto por alguém não querer sair, o extraordinário de um dia qualquer. A vida simplesmente tinha acontecido. E um dia qualquer, ela vai se repetir.

terça-feira, 23 de março de 2010

Se fosse ela...



Se você soubesse que ela aceitaria o seu convite, você ligaria?
Aposto que ligaria se tivesse plena certeza que esse convite terminaria com um dos melhores beijos que já provou até hoje.
Mas, se você soubesse que ainda iria querer sair com ela nos próximos dias, você ligaria?
E se esses dias virassem semanas, meses, anos. Como você se sentiria?
Você ainda gostaria de ter ligado se soubesse que jamais iria querer ouvir outra voz antes de dormir?
Se soubesse que sua respiração ficaria falha sempre que a ouvisse dizer “precisamos conversar”?
Será que você teria tido coragem de ligar se soubesse que ela era tão divertida? Que não havia sorriso mais lindo do mundo do que aquele após um "eu te amo"?
Você não teria ido em frente. Garanto!
Garanto que teria resistido bravamente se soubesse que ela poderia ser a última mulher da sua vida. Aquela por quem você seria capaz de sofrer todas as dores do mundo só para que ela não derramasse uma única lágrima.
Não... Você não ligaria.
Não se importar com o lugar que estivesse desde que fosse com ela? Inimaginável!
Você ligaria se soubesse que ela diria sim? Não só para aquele beijo, mas para o resto de suas vidas?
Definitivamente, talvez você quisesse, mas não ligaria.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ciúmes de você?



Eu tenho certeza que os ciúmes é um sentimento criado pelo demônio. CER-TE-ZA!
Oras, quem mais adora ver as pessoas raivosas, com ódio no coração e disparando veneno para todos os lados? Disse todos os lados? Ok! Ok! Não para todos os lados, até porque precisamos concentrar a dose para garantir que a pessoa que provocou a nossa ira morra – senão ela, morre você, o seu relacionamento e tudo de bom que você levou dias, semanas, meses, anos plantando. Que morra ela, então!

Percebeu? É isso que acontece quando você, mocinha, resolve dizer ao seu amigo o quanto ele é lindo, maravilhoso, o “amor da sua vida”, um “Guti-Guti”. É esse sentimento maldito que você irá despertar, e para o inferno que vocês se conhecem desde a época em que os meninos não gostavam das meninas. Hoje eles gostam, ok? E muito! Disse MUITO! Favor não chegar muito perto! Obrigada!

Sinceramente, eu realmente acredito que existe amizade entre homens e mulheres. Eu mesma defendo com unhas e dentes as minhas amizades masculinas e, apesar de não ter a menor intenção de pegá-los novamente, tenho plena consciência que sou minoria nesse universo.

A questão é a seguinte:

Sempre que eu digo a alguém que um dos meus melhores amigos é homem, logo recebo aqueles olhares desconfiados e não demora me perguntarem: “vocês já ficaram?”

“Não!”
“Então, dá mole para ele para você ver se ele não te pega!”
“Qual o seu problema? Ele é meu amigo! Eu não vou dar mole para o meu amigo!”
“Mas, se der, ele pega.”

Bom, eu sei que não vou dar mole para o meu amigo. Eu confio em mim. Agora, quem me garante que as amiguinhas do meu/seu/nosso (ui, delícia!) peguete/namorado/noivo/marido/amante, wherever, fará o mesmo? Exatamente! Ninguém!

E mulher quando resolve ser competitiva... voticontá... Cobras! Vacas! Gremlins! Se bobear, elas dão em cima do carinha bem debaixo do seu nariz, só para provar que se elas quiserem, você dança. Sabe o que é ainda pior? Fazem isso por pura diversão, apenas pelo prazer do jogo. É maquiavélico!

É só você pensar em quantas mulheres tiveram o desprazer de ver os seus ex ficando/namorando com alguma mocinha que dizia ser sua amiga. Ou, pior, que dizia ser amiga dele. Aquela que ele desdenhava dizendo que não achava interessante. E você, gata, acreditou!

Se você quer saber, sou ciumenta. Minha única e tênue ligação com o inferno. Nunca tive dom para ser Santa mesmo. Viver na desconfiança pode até ser um tormento, mas não vou entregar o meu paraíso de bandeja para uma diaba qualquer.


segunda-feira, 1 de março de 2010

Ai, se o dinheiro desse...

Todo mundo tem um amigo rico. Se não rico “de rico mesmo”, pelo menos com condições financeiras mais vantajosas que a sua. E na maioria das vezes, você convive muito bem com essa pessoa. Vocês não podem sempre tirar férias juntos porque ela está sempre viajando para algum lugar fora do País, gastando em Euro, enquanto você, pobre trabalhador, economiza até no almoço para ver se sobra algum para o cinema.

Até aí, tudo bem. Você entende que a vida não é justa com todos e, claro, tem sempre alguém mais fodido que você. De qualquer forma, o cartão de crédito está aí para todos e viajar ficou uma moleza com as superpromoções em 36 vezes à juros módicos (cof cof).

Mas, às vezes, essa diferença é tão gritante que fica impossível fingir naturalidade e você começa a se perguntar: por quê não eu?

Dia desses, um amigo tirou férias e foi para Aspen esquiar, claro que na volta ele teve que passar por Nova York para fazer umas compras. Pouco menos de 3 semanas em terras brasileiras, ele decidiu ir com "a galera” passar o Carnaval em Cancun porque estavam cansados de ir para Salvador todo santo ano.


Pobre do meu cofre que depende das minhas economias para sobreviver...

Minha avó sempre dizia que pai pobre é destino, já marido pobre é burrice. Contudo, nas atuais conjecturas, arrumar um marido rico é mais difícil que acertar na loteria. Logo, sua segunda opção é trabalhar e conquistar a sua pequena fortuna.

E, então, você tem que rezar para não cair na sua própria armadilha ou, no meu caso, no teste vocacional.

Eu ainda me pergunto que merda eu comia para ter escolhido ser publicitária. Justamente eu que acho, sinceramente, que dinheiro pode sim abrir muitas portas, inclusive da felicidade, escolhi a profissão onde você tem que amar muito o que faz para fazer semi de graça.

Obviamente, eu imaginava que fazer uma carreira de sucesso não seria tão fácil quanto sentar no pudim, mas o que eu não desconfiava era que, em alguns casos, a profissão poderia simplesmente estar desvalorizada e, nesse caso, não existe competência capaz de fazer você ganhar um salário de 5 dígitos.

Anyaway, decidi que vou começar a apostar na Mega Sena, na Loto, no jogo do Bicho, na raspadinha... Quem sabe eu não tenha mais sorte com jogos de azar?


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

As velhas novas resoluções de Ano Novo


2010 começou com mudanças.
Ao contrário de 2009 que foi um ano totalmente entregue à reorganização, 2010 será o ano de pouca inspiração e muita transpiração.

Comecei o ano fazendo, literalmente, planos para os próximos 5 anos. Nada de sonhos impossíveis, na verdade, foi só uma lista com tudo que eu realmente desejo para a minha vida. Algumas coisas sei que só dependerão de mim e do meu foco, outras, porém, terei que contar com a ajuda do Divino destino.

Em todo caso, eu sabia que se continuasse fazendo as mesmas coisas que sempre fiz, jamais chegaria a um resultado diferente. Então, à minha reorganização acrescentei muita imaginação.

Reveillon foi com os velhos amigos, muito queridos e todos casados. “5 casais e uma avulsa”. Nome de filme, né?! Pois é, comédia pastelão e sem direito a fins dramáticos. Confesso que achei que não daria conta do recado e, em algum momento, eu iria chutar o balde e parar em Salvador, mas eu passei linda, loira e sorridente, fazendo piada com minha própria condição e me diverti horrores! Rá!

Entramos o ano, literalmente, em uma encruzilhada. O quê? Azar? Pra quem não sabe quais caminhos seguir, talvez. Para mim, foi uma inspiração. Comecei a perceber que as oportunidades sempre existiram, eu que não me sentia pronta ou disposta a agarrá-las. Na maioria das vezes, era eu a minha principal rival, sempre me autosabotando.

Voltei para casa reavaliando todos os meus conceitos. Entendi que eu nunca havia sido livre porque tinha medo de ganhar asas. Com audácia, ri dos meus medos e da minha insegurança. E não é incrível como a vida conspira sempre ao nosso favor?

- “Se joga! O que você tem a perder?”

Eu não sei porque confiei tanto, mas a verdade é que essas palavras chegaram infringindo todas as regras, libertando antigos sonhos, prendendo a coragem para que ela não saísse correndo como uma fugitiva.

Sinto que acabo de descobrir uma porta para o infinito. E diante tantos caminhos, eu não me sinto perdida. Sei que haverão obstáculos que me tentarão a desistir, e me preparo para isso. Entro em 2010 com a determinação de um guerreiro: espada afiada, coração satisfeito, Fé incendiando a alma.

Estou certa de que não podemos ter controle do nosso destino, o que não impede que eu contribua aceitando as batalhas que a vida oferece. Só é possível alcançar a vitória, encarando o desafio. Atalhos são para os fracos. Eu quero a jornada inteira!


Esse deveria ter sido o post do início de Janeiro, mas como dizem que o Ano só começa depois do Carnaval, acho que ainda está valendo! ;-)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Exerça seu direito de ser feliz

Você tem o direito de ser feliz.
E isso não é uma Lei prevista nos Atos da Constituição. É a Lei da vida.
A felicidade é uma prática que você deve exercitar diariamente.
Comece com movimentos simples: espreguice ao acordar, sorria ao desejar um bom dia, almoce com pessoas que lhe tem apreço, dê um abraço sincero ao encontrar alguém que seja importante para você.
Aos poucos, você se sentirá mais seguro e confiante.
Conquiste o direito de ser ouvido e respeite a opinião dos outros. Lembre-se que a verdade não é absoluta e, às vezes, ter razão é indiferente.
Proteja o seu corpo. Não viole o direito que ele tem de ser saudável. Você precisa dele para usufruir o que a vida tem de melhor, então, alimente-se bem e faça algum exercício físico.
Defenda a sua liberdade, mas não faça disso uma desculpa para ser arrogante ou violento. Defender a liberdade é só uma forma de aproveitar a vida sem preconceitos.
Ria, chore, dance, cante. Ame. Perdoe.
Não deixe uma discussão passar de uma discussão.
Encare a vida com a coragem de uma criança, a paixão de um adolescente, a seriedade de um adulto e experiência de um idoso.
A vida vale a pena para quem não espera pela felicidade, mas busca por ela todos os dias.

(Ariane Pimentel)


*Escrevi esse texto para mensagem de Fim de Ano do Procon/ES . A versão veiculada é um pouco mais resumida, então, achei que valeria a pena postá-lo na íntegra!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Tempo pra ter tempo



Eu lembro quando minha única prioridade era ele. E como o meu dia só começava quando a janela do MSN piscava e eu recebia o meu “Bom Dia, gatona!”. Não é engraçado como, às vezes, a vida ganha sentido com tão pouco? Basta querermos tanto alguma coisa que simplesmente não precisamos de nenhuma outra.

Foi uma das épocas mais fodidas de maior perrengue da minha vida, mas não importava se fazia sol ou se eu tinha estourado os meus 3 cartões de crédito e o único dia do mês em que a minha conta não estava no vermelho era no dia do pagamento, eu acordava e dormia sorrindo. Dia desses, conversando com um amigo, ele me perguntou o que ele tinha de tão especial, e eu respondi:

- Na verdade, não era o que ele tinha, mas o que ele me dava: tempo.

Não é inacreditável como as pessoas nunca têm tempo para elas? Estão sempre ocupadas trabalhando, pagando contas, resolvendo problemas e se desculpando por não terem tempo suficiente para viverem e, então, alguém lhe dá o que ninguém tem, tempo!

Tempo para prestar atenção nas roupas que você veste, descobrir a cor dos seus olhos, saber a sua comida preferida, entender o seu trabalho, ouvir as suas histórias. Tempo para enxergar o que você é.

Ele me deu tanto tempo que quando não teve mais tempo para mim, eu já sabia ver o meu próprio tempo. Comecei a não exigir tanto da felicidade, mas aproveitar o suficiente de cada momento, sem me importar se seriam longos ou curtos, desde que fossem únicos.

Hoje, eu me lembro de quanto do meu tempo eu dei a ele, e mesmo que ele não faça mais parte da minha vida, estará comigo pra sempre. Porque eterno não é a sua presença, mas o aprendizado que ele me trouxe.

Certamente, ele não foi o homem da minha vida. É como diz aquele velho ditado: “Ninguém entra em nossa vida por acaso”. Sempre nos trazem algo que precisamos aprender e levam algo que já não nos servem mais. Esse é o ciclo da vida. É a renovação que nos permite crescer e, principalmente, aceitar o risco de fazer a vida valer a pena.


 
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